Uma empresa particular será
responsável pela retirada dos destroços do avião que caiu no mar a menos de
dois quilômetros de Paraty (RJ), matando o ministro do STF Teori Zavascki e
outras quatro pessoas. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(Cenipa), órgão da Aeronáutica responsável pela principal investigação sobre as
causas do acidente, informou que a retirada do avião será complexa, porque ele
está num local muito raso, onde a profundidade é de apenas três metros e que,
"nesses casos, é preciso contratar uma empresa especializada e cabe ao
dono arcar com o custo". Ninguém contrariou a orientação do Cenipa.
Enquanto isso, já vai completar
um ano e quatro meses, no próximo dia 6, que o navio Haidar afundou com 700
toneladas de óleo e cinco mil bois vivos no porto de Vila do Conde, em
Barcarena(PA).
As praias de Vila do Conde e a de Beja, em Abaetetuba, além do
píer onde ocorreu o acidente, foram interditados e proibidos para qualquer tipo
de atividade. Laudos do respeitadíssimo Instituto Evandro Chagas comprovaram a
contaminação do rio Pará, e recomendaram que se evitasse até o contato com as
águas da região, por não ser seguro tomar banho no rio.
Conforme ação do
Ministério Público Federal, o dano socioambiental para os moradores dos
municípios de Barcarena e Abaetetuba soma R$ 71 milhões em indenizações que
ainda não foram pagas. O Estado aplicou multas de R$ 29.675.250, mas as
empresas recorreram, o navio continua lá, os restos mortais dos bois se
dissolveram no rio e tudo caminha a passos de cágado no Judiciário.
São réus nas ações os donos do
Haidar, Husei Sleiman e Tamara Shiping, a proprietária da carga de bois vivos,
Minerva S.A, as responsáveis pelo embarque dos bois, Global Agência Maritima e
Norte Trading Operadora Portuária, além da Companhia Docas do Pará (CDP),
responsável pelo porto de Vila do Conde. A população mais impactada só foi
amparada com fornecimento de água e cestas básicas nos primeiros momentos após
o naufrágio.
E nenhuma voz se eleva em defesa
dos nossos ribeirinhos e do Pará como um todo, que sofre prejuízo milionário
nas exportações, perdendo ainda mais investimentos e empregos, justamente em
cenário de crise, sem falar nos impactos gravíssimos à saúde pública.
Com informações; Blog da Franssinete
Florenzano
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